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CARLON CASTRO CRUZ

Homenagem do Grupo Jatobá a Carlon Cruz, referência viva da cultura brejinhense e regional.

« NOVIDADE »

Carlon Castro Cruz realizou na UEFS – Universidade Estadual de Feira de Santana, a exposição RESGATANDO A PRÉ-HISTÓRIA, no Museu Casa do Sertão, de 12 a 23 de maio de 2003, das 08 às 18 horas, resultado de suas andanças pelos sítios arqueológicos do município de Oliveira dos Brejinhos e da vida, boa parte disto na companhia da brava gente da equipe de pesquisa da UEFS que vem atuando no município em conjunto com o mesmo  e o Grupo Jatobá. 

A VIDA E A OBRA DE CARLON CRUZ

Carlon Castro Cruz nasceu aos 14 dias do mês de outubro de 1955, mas foi registrado como se tivesse nascido a 28 de abril do mesmo ano.
Casado com Olga Jangoas Cruz, tem 2 filhos, Carolina e Luciano.
Viveu em São Paulo de 1973 a 1981, trabalhando no setor gráfico e publicitário.
No CENAC fez os cursos de: Fotografia Artística, Comercial e Publicitária e ainda os cursos de Organização de Empresa, Marketing e Propaganda, Layout, Art-final, Pas-up, Desenho Artístico, Técnica de Pintura a Óleo e Estampa.
cursou por 2 anos o Curso de Violão Clássico no Conservatório Pró-Música de São Paulo. Concluiu também o Ensino Médio no Colégio Estadual Tiradentes, de Oliveira dos Brejinhos (BA).
Como pintor, expôs na Galeria Cravo e Canela, Casa de Valdomiro de Deus. Está agora expondo na Galeria GASP ARTE TRADE DO BRASIL LTDA. no Rio de Janeiro.
Pinta arte rupestre desde 1999. Nesse mesmo ano, algumas pessoas adquiriram algumas de suas telas. Entre essas pessoas estão: Walter Salles, Marcelo Torres, produtor de cinema, Walter Carvalho, diretor de fotografia, Mônica Costa e Fabiana, produtoras de objetos, Bia Pessoa, artista plástica, Leandro, técnico de som, Carla Caffé, diretora de artes e ainda vendeu: 2 quadros para a Áustria, 1 para a Bélgica, 2 para a Alemanha, 2 para a Itália, 2 para Ângela Cordeiro, do Rio de Janeiro.
Trabalhou no setor de arte dos filmes Abril Despedaçado, Narradores do Vale do Javé, de Liliana Caffé e no Bom Jesus, de Carla Camurati.

Carlon Cruz também é mencionado e tem fotografias publicadas na revista Trabalhos de Antropologia e Etnologia, Vol. 42 (1-2), da Sociedade Portuguesa de Antropologia e Etnologia, cidade do Porto, Portugal, onde se publica um trabalho da pesquisadora Cláudia Cunha acerca de sítios rupestres de Oliveira dos Brejinhos.

Outro traço importante na vida deste sertanejo á a sua paixão pelo meio-ambiente. É um dos sócio-fundadores do Grupo Jatobá de Defesa do Meio Ambiente, do município de Oliveira dos Brejinhos. Por muitos anos, vem lutando incansavelmente pela melhoria da qualidade de vida da população, participando de seminários, promovendo campanhas, fazendo visitas e reuniões nas comunidades, tomando cursos na área de Botânica, dentre outros fatos importantes.
Por isso, o Grupo Jatobá reserva este espaço a um dos seus associados mais ilustres: Carlos Castro Cruz.

DECLARAÇÃO DE WALTER SALLES

“Tivemos o privilégio de conhecer Carlon quando fomos filmar em Ibotirama, no interior da Bahia. Ficamos todos impressionados com a sua sensibilidade artística incomum. Carlon é um destes artistas que mora silenciosamente, no coração do Brasil, e que merece ser melhor conhecido. Espero que esta exposição seja o início desse caminho”.
Walter Salles
(a respeito de uma exposição que está sendo acertada com a UEFS)

DECLARAÇÃO DE SÉRGIO MACHADO

Carlon, Sertanejo e Renascentista

“Um dos aspectos que mais me atraem no fazer cinematográfico é a possibilidade que um filme me abre de conhecer lugares e pessoas com as quais provavelmente jamais travaria contato.
De cada filmagem ou viagem em busca de locação e elenco, volto sempre com a sensação de que se ampliaram meus horizontes.
De tantas pessoas que tive a oportunidade de conhecer graças ao cinema, não me lembro de ninguém que me tenha marcado tanto quanto Carlon. Fala mansa, jeito simples de sertanejo – ele exercia uma liderança natural na comunidade e se tornou uma espécie de embaixador do Abril Despedaçado, diante das comunidades dos vilarejos do médio São Francisco.
Logo em seguida, descobrimos que ele conhecia como ninguém cada árvore, cada animal, cada trilha que não parecia levar a lugar nenhum.
Quando passamos a procurar pessoas para atuar no filme – uma surpresa. Carlon, por conta própria, havia realizado gravações e catalogado fotografias e depoimentos dos tipos humanos mais interessantes da região. Eu gastaria algum tempo enumerando todos os aspectos em que ele foi fundamental para a realização do Abril Despedaçado. O fato é que, em pouco tempo, ele passou a ser disputado fervorosamente por cada um dos departamentos do filme.
Me lembro que numa conversa com Walter Salles e Cássio Amarante, diretor de arte do filme, um de nós observou que a impressão que nos dava era a de que Carlon, sem saber, havia se preparado a vida inteira para fazer um filme. Na medida em que o fomos conhecendo, ele mais nos surpreendia: fotógrafo, videomaker, escritor, ele tinha fortes noções de história, geografia, história, botânica, arqueologia, e além de tudo é um pintor vigoroso e original.
Numa época tão voltada para as especializações e tecnicismos, tivemos a oportunidade de conhecer um verdadeiro renascentista em pleno sertão.”

O FOTÓGRAFO E PINTOR CARLON CRUZ

GALERIA

Esta é sua maior oportunidade de ter uma visão mais concreta do trabalho de Carlon Cruz, através de fotos e pinturas, onde ele retrata o cotidiano sofrido do homem da caatinga. Observe com atenção este trabalho.

ALBUNS

Obs: As fotos são de personagens do município de Oliveira dos Brejinhos, gente simples em ações cotidianas. Há fotos de telas pintadas pelo também artista plástico Carlon Cruz, inspiradas em pinturas rupestres encontradas nos vários sítios arqueológicos existentes no município.