Rabiscos
Saudade Grata
Hoje, uma mistura de saudade e gratidão
Por uma vida cheia de desafios
Mas que não deixou ninguém na mão
Da esposa, dos filhos, parentes, amigos e compadresD. Nena, Dilza, Hilza, Dene, Darilene
Dos vizinhos-compadres Pola, Maximiano, Manel,
E também de Tõe de Quita, Beija, dentre outros
Desafios, do sertão ao Paredão
Dos garimpos, dos diamantes, do cristal
Do Passa-Cavalo ao Cascuê
Da água de regra nas madrugadas
Pra quê? Luta, muita luta
Pra criar gente e caráter
Tempos difíceis!
De andar a pé, léguas
De terras, braças,
Das cargas d’água, dos carotes e cangalhas
A lembrança estraçalha a alma
De saudade, mas sim, de gratidão.
Ninguém no chão, todos de pé
De Tios Nego, Lena, Lora, Agustin, Adelina
Lormanha, das entranhas das Minas Gerais
E de um passado que notícias não tivemos mais
Venâncio
Mas, esse homem era mais,
Pois também foi dos paus-de-arara
Dos cafezais e do frio
Daqui para o Paraná, não parava!
Lutou, criou, e recebeu a graça
Gratas as pessoas ao seu redor
Pelo exemplo, hoje, um templo
Uma imagem, várias histórias
Que nunca irão se apagar
Do Revoltoso, dos coronéis
Dos contos de réis e das viagens
De 30 dias, das margens, das miragens
Das idas ao Açude, rude e sábio
A Botirama, cargas de variedades
E de saudade!
Mas aqui estamos!
Dignos, velho Dário!
Você foi o guia,
Para o estudo, para a moral,
Para a ética, em lombos de animal
Ou de trem. Mas, que Deus e os anjos
E nós,
Por Adalberto Caetano dos Santos
Digamos AMÉM!
Por hoje e para sempre!
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Adalberto Caetano dos Santos – Dário
08/09/1924 |
Filiação: Jovelina & Vítor |